Dra. Míriam Sommer, médica homeopata mestranda na Erasmus Universiteit, explica o que é Homeopatia. Dra. Míriam é natural do Rio Grande do Sul, formada em medicina no Brasil com especialidade em Homeopatia, atualmente atende em seu consultório em Den Haag.

O que é Homeopatia?

Míriam Sommer

Quais as diferenças da medicina clássica em relação a medicina homeopática ?

A Homeopatia se diferencia essencialmente da medicina clássica porque não é uma medicina de um sintoma, nem mesmo de uma doença, mas a medicina daquela pessoa em particular.

O homeopata cuida do paciente antes de mais nada pelo que ele é, muito mais do que por aquilo que ele apresenta. Diante de uma infecção, o médico clássico procura indicar a antibioticoterapia para eliminar o micróbio, ao passo que o homeopata procura pelo remédio que permita ao paciente defender-se contra o micróbio.

A Homeopatia cura tudo?

Ninguém hoje iniciaria um tratamento de meningite ou de uma tuberculose com Homeopatia, por uma simples questão de bom senso.

Quando as reações de defesa do organismo estão esgotadas ou com risco de esgotar-se rapidamente, deve-se recorrer ao poderoso arsenal da medicina clássica, o que não impedira que se volte à Homeopatia, para um melhor equilíbrio da saúde do indivíduo, uma vez superado e curado o episódio grave.

Porque, na realidade, não são os métodos terapêuticos que se opõem; às medicinas, pelo contrário, são complementares.

O que é importante na consulta homeopática?

Ao tratar um paciente com homeopatia, trata-se a doença como uma desordem aparentemente localizada, encarando o homem doente com seu psiquismo, suas particularidades, o meio que o envolve, sua bagagem hereditária adquirida, as múltiplas agressões de todos os dias, psico-afetivas, alimentares, infecciosas, medicamentosas, vacinais etc.

O médico homeopata levará em conta o homem na sua totalidade com suas particularidades, seus modos de reagir em face da doença, naquilo que tem de mais pessoal, apegando-se às reações mais particulares, a fim de não confundi-las com as banais, comuns a todos. Somente a singularidade dos sintomas expressos permite uma individualizacao satisafatória da doença e uma terapêutica inteiramente personalizada, a nenhuma outra semelhante.

Levando em conta os vários elementos acima citados e que constituem a bagagem do indivíduo, a terapêutica esforcar-se-á por traçar um perfil do homem doente, definindo o seu terreno, a sua constituição, para tráta-lo em profundidade.

E preciso ressaltar que o homeopata precisa considerar, para uma síntese do homem doente, a absoluta necessidade de se estabelecer um diagnóstico preciso, um perfeito interrogatório, um exame clínico minucioso e apoiando-se, se necessário for, em técnicas de investigação habituais, como exames de laboratório etc.

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