Luciano Hang defende Lei Rouanet depois de “CPI do sertanejo”

Dono da Havan investiu R$ 24 milhões em projetos culturais; caso envolve artistas pagos com verbas de prefeituras

Empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan
Luciano Hang em cerimônia no Palácio do Planalto
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 20.abr.2020

Luciano Hang, “o velho da Havan”, defendeu a Lei de Incentivo à Cultura em uma série de tuítes publicados nesta 2ª feira (06.mai.2022). O empresário bolsonarista disse que “parte da imprensa” quer “prejudicar aqueles que se posicionam a favor” do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que  nunca foi contra a lei, mas que “antes ela beneficiava, de forma desproporcional, apenas os ‘amigos do rei'”.

“Há mais de 15 anos a Havan patrocina projetos, pois acreditamos que, desta maneira, além de incentivar a cultura, esporte, saúde, entre outras áreas, estamos contribuindo com o desenvolvimento social e com a geração de empregos. Só no ano passado, distribuímos através [sic] de incentivos federais e estaduais, mais de R$ 8,3 milhões para 77 projetos.”, disse Hang.

Eis a íntegra dos tuítes do Luciano:

Segundo informações da Folha de S.Paulo, Hang patrocinou duas temporadas de shows de um festival chamado “Bem Sertanejo”. A 1ª vez foi em 2016, com um aporte de R$ 300 mil, e depois na 3ª temporada da produção, injetando R$ 500 mil.

Cantores como Gusttavo Lima e Michel Teló estão no centro de investigação pelo recebimento de caches milionários pagos por prefeituras a artistas sertanejos. Chamada de “CPI do sertanejo”, teve início quando as redes sociais expuseram o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, por show em Sorriso, Mato Grosso, com dinheiro pago pela prefeitura.

“Toda empresa pagadora de impostos, pode fazer o mesmo, de maneira facultativa e eu sempre apoiei”, disse Hang. Parte do dinheiro destinado pela Havan, é abatido no Imposto de Renda da empresa.

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